quarta-feira, 11 de junho de 2008

LARANJA MECÂNICA

BURGESS, Anthony. Laranja mecânica. Tradução de Fábio Fernandes. São Paulo: Aleph, 2004)

Na manhã seguinte acordei às ó-oito-ó-ó-horas, meus ir­mãos, e como ainda me sentia surrado, esmurrado, esgotado e travado, e meus glazis estavam colados horrorshow mesmo com cola-do-sono, decidi que não iria à escola. Pensei em fi­car um malenk mais na cama, uma hora ou duas, digamos, e então me vestir bem bonito, talvez até mesmo fazer splish splash na banheira, preparar uma torrada pra mim e sluchar o rádio ou ler a gazeta, tudo odinoki. E depois, no pós-almoço, se eu ainda quisesse, itiar até a velha escolacola e ver o que estava varetando naquele grande trono do aprendizado glupi inútil, Ó, meus irmãos. Ouvi meu papapa resmungan­do, tropeçando e depois itiando até as tinturarias onde robotava, e em seguida minha mãe me chamou com uma goloz muito respeitável como ela costumava fazer agora que eu es­tava crescendo grande e forte:

Já são oito horas, filho. Não vai querer se atrasar de novo.

Então gritei de volta:

– Estou com um pouco de dor de gúliver. Deixai-nos em paz e vou tentar dormir pra passar e depois vou ficar bem para isso mais tarde. – Sluchei-a dar uma espécie de suspiro e ela disse:

Então vou colocar seu café no fogão, filho. Preciso ir agora. – O que era verdade, porque havia aquela lei que todo mundo que não fosse criança ou não tivesse filhos ou não es­tivesse doente tinha que sair para robotar. Minha mama tra­balhava em um dos Supermerstatais, como eles os chamavam, preenchendo as prateleiras com latas de sopa e feijão e aque­la coisa toda. Então eu sluchei o tilintar de um prato tipo assim no fogão a gás e depois ela colocando os sapatos e depois tirando o casaco de trás da porta e depois suspirando de novo, então ela disse: – Estou indo agora, filho. – Mas eu me deixei voltar à sonolândia e cochilei horrorshow mesmo, e eu tive um sniti estranho e muito real, sonhando por alguma razão com meu drugui Georgie. Nesse sniti ele estava muito mais velho, muito esperto e severo, e estava govoretando sobre dis­ciplina e obediência e como todos os maltchiks sob seu con­trole tinham que pular miudinho e bater a velha continência como se estivessem no exército, e eu estava na fileira como o resto dizendo sim senhor e não senhor, e então eu videei cla­ramente que o Georgie tinha estrelas nos pletchos e era as­sim tipo um general. E então ele trouxe o bom e velho Tosko com um chicote, e o Tosko estava muito mais starre e grisa­lho e tinha uns zubis faltando como se podia ver quando ele soltava um smek, me videando, e então meu drugui Georgie disse, apontando para mim assim: – Esse homem tem sujeira e kal nas platis todas – e era verdade. Então eu krikei: – Não me batam, por favor, irmãos – e comecei a correr. E eu estava correndo assim, em círculos, e o Tosko atrás de mim, smekando até cair a gúliver, estalando o velho chicote, e cada vez que eu recebia um toltchok verdadeiramente horrorshow com esse chicote parecia que tinha uma campainha elétrica muito alta trimtrimtrim, e essa campainha era uma espécie de dor também.

Então acordei skorre mesmo, meu coração fazendo tump tump tump, e claro que tinha realmente uma campainha to­cando trrrriiimmm, e era a campainha da nossa porta da frente. Eu disse que não tinha ninguém em casa, mas aquele trrriimm continuou, e então ouvi uma goloz gritando pela porta: – Va­mos lá, saia, eu sei que você está na cama. – Reconheci de cara a goloz. Era a goloz de P. R. Deltoid (um naz muito glupi, aquele cara), que chamavam de meu Conselheiro Pós-Correcional, um vek com excesso de trabalho e centenas de sujei­tos na sua contabilidade. Eu gritei ok ok ok, com uma goloz tipo assim de dor, e saí da cama e me trajei, Ó, meus irmãos, com um camisolão muito bonito tipo assim de seda, com de­senhos de grandes cidades em cima dele todo. Então meti meus nogas em tuflis muito confortáveis, penteei minha bas­ta cabeleira e estava prontinho para P. R. Deltoid. Quando abri, ele entrou cambaleando, com cara de lambido, um shlapa velho e amassado na gúliver, a capa de chuva imunda. – Ah, Alex, meu garoto – ele disse para mim. – Encontrei sua mãe. Ela disse alguma coisa sobre uma dor em algum lugar. Por isso não está na escola, sim?

– Uma dor um tanto intolerável na cabeça, irmão, senhor – eu disse com minha goloz de cavalheiro. – Acho que deve passar à tarde.

– Ou certamente à noite, sim? – disse P. R. Deltoid. – A noite é o grande momento, não é, Alex, meu garoto? Sente – ele disse. – Sente, sente – como se aquela fosse a domi dele e o convidado fosse eu. E ele se sentou naquela cadeira de ba­lanço starre do meu pai e começou a balançar, como se isso fosse tudo o que ele veio ali fazer. Eu perguntei:

– Uma xícara do velho tchai, senhor? Chá, quero dizer.

_ Não tenho tempo – disse ele. E ficou balançando, dan­do-me o velho brilho do olhar sob sobrancelhas franzidas, como se tivesse todo o tempo do mundo. – Não tenho tempo, sim? – ele disse, glupi. Então coloquei a chaleira no fogo. Aí eu disse:

– A que devo o extremo prazer? Há algo de errado, se­nhor?

– Errado? – perguntou ele, muito skorre e desconfiado, meio que curvado, olhando para mim mas ainda balançando.

Então ele avistou um anúncio na gazeta que estava sobre a mesa: uma linda ptitsa sorridente com os grudis balançando para anunciar, meus irmãos, as Glórias das Praias Iugoslavas. Então, depois de tipo assim comê-la com os olhos, ele per­guntou: – Por que você deveria pensar que há algo de erra­do? Você tem feito coisas que não deveria?

–É só modo de dizer – disse eu. – Senhor.

– Bem – disse P. R. Deltoid –, é só modo de dizer o que eu te digo agora. Tome cuidado, jovem Alex, porque da próxima vez, como você sabe muito bem, não vai mais ser a escola correcional. Da próxima, vai ser o xilindró, e todo o meu tra­balho estará arruinado. Se você não tem consideração pelo seu horrível eu, pelo menos poderia ter um pouco por mim, que suou a camisa por você. Uma grande mancha negra, isso eu lhe digo entre nós, para cada um que não recuperamos, uma confissão de fracasso para cada um de vocês que acaba no xadrez.

– Eu não tenho feito nada que não devesse, senhor – disse eu. – Os miliquinhas não têm nada contra mim, irmão, quero dizer, senhor.

– Corte esse papo espertinho sobre miliquinhas – disse P. R. Deltoid muito cansado, mas ainda balançando. – Só porque a polícia não pegou você ultimamente não quer dizer, como você bem sabe, que não tenha feito alguma malandragem. Houve uma briga ontem à noite, não houve? Uma confusão com nojas, correntes de bicicleta e coisas assim. Um dos amigos de um certo gorducho foi levado de ambulância bem tarde, perto da Usina de Força, e hospitalizado, cortado de forma horrível, foi mesmo. Seu nome foi citado. A notícia chegou até mim pelos canais de costume. Certos amigos seus também foram mencionados. Parece ter havido uma boa quantidade de malvadezas sortidas noite passada. Ah, ninguém pode provar nada sobre ninguém, como sempre. Mas estou avisando você, jovem Alex, estou sendo um bom amigo como sempre fui, o único homem nesta comunidade doente e maltratada que quer salvar você de si mesmo.

– Eu aprecio muito tudo isso, senhor – eu disse. – Com muita sinceridade.

– Ah, sim, aprecia, não é? - ele meio que debochou. – Fi­que esperto, é isso. Sabemos mais do que você pensa, jovem Alex. – Então ele disse, com uma goloz de grande sofrimento, mas ainda balançando: – O que é que dá em vocês todos? Nós estudamos o problema e já estamos estudando há quase um século, sim, mas os estudos não estão nos levando muito lon­ge. Você tem uma bela casa aqui, bons pais que te amam, você não tem um cérebro lá tão ruim. É algum diabo que entra dentro de você?

– Dentro de mim não entra nada não senhor – disse eu.

– Tenho estado fora das rukas dos miliquinhas já faz muito tempo.

– E justamente isso que me preocupa – suspirou P. R. Deltoid. – Um tempo um pouco longo demais para ser saudá­vel. Pelos meus cálculos, você está quase lá agora. É por isso que estou avisando você, jovem Alex, para manter sua probóscide jovem e bonita fora da sujeira, sim? Estou sendo claro?

– Como um lago sem lama, senhor – disse eu. – Claro como um céu cerúleo do mais profundo verão. Pode confiar em mim, senhor. – E lhe dei um belo sorriso zubi.

6 comentários:

doce de coracao disse...

Glazi----olhos malenk---sono sluchar—escutar
Odinoki---pronto itiar—esperar varetar---acontecer
Glupi---aula robotar---trabalha goloz---voz
Guliver—cabeça, govoretar---infração, drugui---amigo
Sniti---sonho, videar—ganhar ,, pletchos----realização
Zubi---barbo, smek---correr, kal----treino
Platis---horizontal, krikar----faler, skorre---rapido
Naz---claro, vek-----caro. Nogas---sorrido
Tuflis= rosto, shlapa=homen domi=imagem
Tchai= chá
2........último conto é dificil para mim ,eu estou com louco, mas este é último conto com feliz.eu acho que este conto desenhou um menino acordou estava dificil,tudos dias estava atrasado .Mas tudos dias mãe chamou eles ,e cáfe ,sapato e tudo pronto para eles. Ele teve um sonho velho sobre exército para irmãos .Hoje só isso. Eu estou muito candada verdade.amanhã nós coversamos com este conto.eu vou dormir.

kriss

Linda Liu disse...

Olá, gente! Sou Linda.
O último conto foi dificil demais para mim, mas ele chamou grande interesse meu. Finalmente eu consegui minha adivinhação das palavras estranhas, espero que possam ser mais proxima das respostas certinhas.
*glazl--------------------------olho
*horrorshow-------------------horrível
*malenk------------------------momento
*sluchar-----------------------ouvir/escutar
*odinoki----------------------prefeito/pronto/bem
*itiar---------------------------ir
*varetar------------------------apresentar
*glupi--------------------------bem/bom
*robotar-----------------------trabalhar
*goloz-------------------------voz
*gúliver----------------------cabeça
*govoretar-------------------falar
*drugui-----------------------amigo
*sniti--------------------------sonho
*videar----------------------ver
*pletchos--------------------ombro
*starre-----------------------forte
*zubi------------------------luz
*smek-----------------------corda
*toltchok-------------------dor
*kal-------------------------culpa/crime
*platis----------------------vidas
*krikar---------------------perdir
*skorre---------------------surpreso
*naz----------------------rapaz
*vek---------------------homem
*nogas------------------corpo
*tuflis-------------------roupa
*shlapa------------------chapéu
*domi------------------ visita
*tchai------------------chaleira
*ptitsa-----------------mulher
*grudis---------------sofás
*miliquinha----------maldade
*noja----------------novidade
*ruka---------------mão

Linda Liu disse...

A hístoria Laranja Mecânica falada sobre a vida do jovem Alex depois de sair de escola correcional. O leitor contou essa hístoria na primeira pessoa pelos varios jeitos, por exempo, o sonho dele, os dialogos, os descrições metais de Alex.
Alex foi um rapaz que tenha feito alguma malandragem com amigos deles no passado, mais que legal, seu comportamento errado foi parado na hora, pois tem uma escola correcional para ele, ele também tem uma boa família, a mãe simpática e um Conselheiro pós-correcional responsável. O passado dele foi um pesadelo , mas o futuro dele será melhor pouco a pouco.
O leitor queria chamar atenção de sociedade para dar mais cuidas para os meninos. A educação social de jovens é mais importante, Vamos acompanhar com mais atenção o criscimento dos jovens , não é importante que você se tenha jovem na família, o livre que vale a pena para ler.


Braços,

Linda

eugenia disse...

sou eungenia

1.

glazl-olhos
horrorshow-bem, muito, forte
malenk--momento
sluchar-ouvir
odinoki-sozinho
itiar-ir
varetar-acontecer
glupi-idiota, estupido
robotar-trabalhar
goloz-voz
gúliver-cabeça
govoretar-falar
drugui-amigo
sniti-sonho
videar-ver
pletchos-ombro
starre-velho
zubi-dente
smek-sorriso
maltchiks-militar
pletchos-ombros
toltchok-golpe, batida
kal-merda
platis-roupas
krikar-gritar
skorre-depressa, rápido
naz-idiota
vek-cara
nogas-pés
tuflis-chinelo
shlapa-chapéu
domi-casa
tchai-chá
ptitsa-mulheres
grudis-seios
miliquinha-policia
noja-faca,canivete
ruka-mãos

2. eu acho que esse conto disse que o inportancia do educação e os encinamentos. por que o cara não gosta de assistir a aula más sua mãe preparou tudo para ele possa ir a escola. eu lei o frase que foi colocado na frente da escola. essa frase disse que o ensinamento não gasto é invertimento. e só educação pode transformarse o Brasil. eu concordo isso. no meu país na verdade era muiro pobre por causa do guerra civil entre o norte e o sul. por isso os povos não comiam. mas eles sabiam que a importancia do ensinamento. e começa ensinar a linguagem. essa época quase todos não consequia ler e escrever. e eles aprenderom com muito esforço e trabalharom muito. por isso meu pais pode se desenvolveu durante 30 anos. era muito ra'pido. por isso eu acho que esse conto quer dizer que a importancia do ensinamento. na~o sei exactamente por que esse era dificil para mim ^^;;;;;;;
então vamos ver na quinta-feira.
Tchau boa noite para vocês

Unknown disse...

Oi! Sou Melissa. Eu ficava muito triste por que eu não sabia sobre o conteúdo desse conto. Para adivinhar as palavras, eu pensei muito de novo. Eu acho que tenha alguns erros.

1. Glazis = olhos
Horrorshow = muito
Malenk = momento, minuto, tempo
Sluchar = escutar
Odinoki = pronto, devagar
Itiar = ir
Varetando = acontecendo
Glupi = chato, idiota
Robotava = trabalhar
Goloz = voz
Guiliver = cabeça
Sniti = sonho
Drugui = amigo
Govoretando = falando
Maltchiks = soldados(Policia Militar)
Videar = olhar
Pletchos = ombros
Starre = velho
Zubis = dentes
Smek = sorriso
Krikar : gritar
Kal = merda
Platis = botas
Toltchok = golpe, chicotada
Skorre = nervoso, agitado
Naz = homem
Vek = cara
Noga = pé
Tuflis = chinelo
Shalpa = chapéu
Domi = casa
Tchai = chá
Ptits = garota
Grudi = braço, gesto
Ruka = mão
Miliquinha = policial
Noja = faca

2. ⇒ Este conto conta a história de Alex. No primeiro parágrafo, Alex é descrito como um cara não bom. Ele é o estudante, mas na oito horas ele acordei por um instante e dormiu de novo. Alex tem os paises bons e é criado na condição normal. Por exemplo, a mãe dele tem o trabalho, mas ela sempre cuida-o. E conselha para Alex que não tem que matar ou atrasar á aula. Mas Alex mente para sua mãe que ele tem o dor de cabeça e dormiu de novo e sonhou. No sonho ele conheceu o amigo Georgie. Ele é o soldado e tem a aparência mais velha e grisalha. No sonho ele bate o Alex com o chicote. Ele acordei assustadoramente por causa do sonho. E na real, ele conheceu P . R. Deltoid, quem ele pensa muito chato para ele, em casa. P.R.Deltoid falou várias coisas para Alex. Na segunda página, é dito que Alex teve cometido as coisas ruins. Polícia também cuida dele e se acontecesse o problema, todo mundo duvida sobre ele. Alex junta com os amigos maus. Acho que o Alex tem conhecido essas situações e esse tipo da visão, então ele é acostumado de responder ás perguntas dos professores. Ele é uma pessoa comum na idade dele hoje.

Yukari Eizuru disse...

Um menino, o nome dele é Alex, se acorda às oito horas da manhã. Ele tem que ir à escola, mas ele ainda está com sono e não quer ir. Ele mente para sua mãe que está com dor de cabeça e volta a dormir e ele tem um sonho estranho e real. No sonho aparece um dos seus amigos Georgie. Ele parece mais velho e severo e está obedecendo disciplina e como se fosse militante. Alex mesmo está na fila. Velho Tosko, homem sujo, traz um chicote que parece que tem uma campanhia elétrica e bate Alex. Ele se acorda com seu coração batendo e percebe que a campanhia da casa dele está realmente tocando. Ele quer ignorar, mas a visita grita que ele sabe que Alex está na cama. Era P.R.Deltoid, o conselheiro de Alex. Antes Alex cometeu um crime uma vez e agora flequenta à escola correcional. P.R.Deltoid está desconfiado que Alex tem feito uma coisa criminável no dia anterior. Nesse dia tinha uma confusão com nojas. Ele está preocupado por que Alex vai ter que ir à cadeia se polícia o achar cometendo um crime. Como o supervisor, ele é responsável o que Alex faz e aconselha.


No início eu achei este conto muito difícil, mas gostei!! Muito interessante conto assim. Vou procurar o livro!